Decisão da Justiça provocou revolta entre ativistas e pode levar a retaliações diplomáticas.
'Prisoneiros de consciência'
A defesa do casal tentou argumentar, em vão, que ninguém foi prejudicado pelas ações dos jovens.
De acordo com Michelle Kagari, vice-diretora para África da Anistia Internacional, o casal pode ser considerado "prisioneiro de consciência".
"Estar em um relacionamento não deveria ser um crime. Os direitos humanos, os direitos à liberdade contra discriminação, à consciência, à expressão e à privacidade deles foram flagrantemente violados", disse Kagari.
A ativista classificou a condenação do casal de "passo atrás" para o Malauí.
De acordo com a Anistia, o casal teria sido espancado pela polícia e Chimbalanga teria sofrido exames anais forçados para verificar se o relacionamento foi "consumado".
Segundo Kagari, este tipo de exame, sem consentimento, "contraria a proibição absoluta de tortura e outras formas de tratamento desumanas, cruéis e degradantes".
A pressão diplomática pode surtir efeito no país, cujo orçamento para desenvolvimento depende em 40% de doações e ajuda humanitária.
Fonte: BBC
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