Trata-se do primeiro grande evento da Câmara de Comércio GLS do Brasil, cujo estatuto foi aprovado há um ano e as atividades começaram a se estruturar de fato recentemente. A Câmara, que hoje possui 40 associados - a maioria pequenos negócios voltados para a comunidade - e três grandes empresas como observadores - os bancos Itaú e Santander e a construtora Tecnisa -, tem o apoio institucional da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual da prefeitura de São Paulo e se reúne mensalmente para estudar ações que fortaleçam os negócios do grupo. O slogan é curioso: "Vamos tirar o mercado do armário!".
- Enquanto no exterior as empresas possuem ações específicas voltadas ao público LGBT, a exemplo da Fiat, que bancou a passeata gay em Madri, impressiona que no Brasil elas ajam como se a comunidade gay não existisse. É preconceito não apenas nas empresas, mas nas agências de publicidade - diz Douglas Drumond, presidente da Câmara e proprietário do Clube 269 em São Paulo, e do hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte.
- Há muito preconceito, conservadorismo e pouca objetividade nas grandes empresas - faz coro o coordenador da área de Sustentabilidade e Gestão Ambiental da FGV e professor da Unicamp, Reinaldo Bulgarelli, cuja consultoria Txai é especializada em políticas de diversidade e sustentabilidade no mundo corporativo e ajudou a montar a Câmara.
Publicada em 31/07/2010 às 18h12m - O Globo
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