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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Aeromoça é agredida por ser confundida com travesti

Na madrugada de segunda-feira, 19, a comissária de bordo Geilsa da Mota, de 29 anos, foi confundida com um travesti e acabou sendo agredida pelo estudante Ricardo Alexsandro Reis, de 25 anos, e pelo mecânico Marcelo Rosa Santos, de 29 anos, em Aracaju, Sergipe, como informa o portal Infonet da capital sergipanae depois reproduzido em diversos jornais do país.
Ela foi perseguida por eles, parou em dois postos de conveniência e não teve proteção física de ninguém presente nesses lugares. No primeiro, eles apenas a insultaram verbalmente e no segundo, a cobriram de socos e porradas.
Os agressores alegavam que ela era travesti e devia dinheiro para eles. Ao baterem na mulher, eles diziam que eram amigos de políticos e gente influente e que não iriam para a cadeia e, segundo relatos, estavam bêbados. Acabaram na delegacia para prestar depoimentos.
O portal Infonet cobriu toda a noite de terror de Geilsa da Mota. Ela, revoltada com os “babaquinhas de Aracaju” como ela chama seus agressores, sentiu a força da violência homofóbica que se confunde também com a contra as mulheres pois tem o mesmo fundo, o patriarcalismo e o sexismo. “Isso é algo que não pode se repetir. Foi comigo, mas poderia ter sido com qualquer pessoa, irmãs, esposas, qualquer pessoa poderia ter sido vítima daquele absurdo”, disse na reportagem do site.
“Aquele absurdo”, isto é, a violência homofóbica, saiu recentemnte do armário e mostra sua face mais apavorante, aquela que na sua irracionalidade pode atingir também os héteros por parecerem gays ou transgêneros. E podem decepar uma orelha de um pai que abraça seu filho ou machucar seriamente uma mulher que não estava no lugar errado na hora errada, mas perto de gente com mentalidade errada.
De qualquer forma, sempre houve violência contra mulheres e a população LGBT em nossa sociedade, mas agora, a vergonha de não denunciar e de não deixar a impunidade reinar está tomando conta dessa parcela da população que está cada vez mais consciente que é sim cidadão deste país e merece respeito. Por isso, é exemplar quando Geilsa diz: “O mundo inteiro vai conhecer o que os mauricinhos, babaquinhas de Aracaju andam aprontando. Eles dizem que ficarão impunes por ser parentes de poderosos, mas eles podem ser filhos de Dilma Rousseff e, ainda assim, pagarão por isso”.

Fonte: Infonet, Por Caio Guimarães e Cássia Santana

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